Toda a parte pré-operação é filmada com uma câmera manual, numa forma muito interessante (e inovadora para a época) de mostrar a subjetividade da narrativa.
Isso também ajuda a criar uma atmosfera de mistério e tensão, deixando o espectador sem saber no que acreditar. As seqüências que levas à operação – inclusive a seqüência com o taxista que o ajuda a encontrar um cirurgião – são quase surreais.
O espectador vê o fugitivo pela primeira vez apenas quando ele começa a se recuperar da cirurgia no apartamento de Irene, uma simpática jovem artista à qual ele logo se afeiçoa, que o acolhe aceitando mantê-lo escondido e lhe dá dinheiro para auxiliar na fuga. Mas, na verdade, ele está atrás de vingança.
Foi trama do destino Irene tê-lo encontrado na estrada coberto de bandagens. Ela assistiu ao seu julgamento e até escreveu para o jornal local, reafirmando sua crença na inocência dele. Embora eles não se conhecessem, Irene percebeu que o acusado estava sendo injustiçado.
Mesmo com o novo rosto. Vincent não consegue se esconder do passado. Na verdade, ele acaba sendo acusado de novos crimes que não cometeu, e a polícia passa a oferecer uma recompensa por sua captura, vivo ou morto. Todos querem encontrá-lo, mas ele não se entrega facilmente.
Quando finalmente descobre o verdadeiro assassino da esposa, percebe o quanto é inútil. Ele não tem provas e o assassino não parece disposto a deixá-lo escapar.