Xavier chega à Espanha totalmente desempregado – sem saber falar espanhol e catalão, triste em deixar sua namorada para trás, confuso sobre quem é ou que laços pode criar nessa cidade estrangeira. Procurando um lugar para ficar, ele acaba encontrando um casal francês recém-casados, um médico e sua solitária esposa, Anne Sophie, que lhe oferecem o sofá. Depois encontra um lugar definitivo: um apartamento com sete estudantes de nacionalidades tão variadas quanto suas personalidades e sexualidade. Segundo Xavier, a multiplicidade de línguas faz lembrar o caos que existe em sua cabeça.
O apartamento fica conhecido como Albergue Espanhol, literalmente, que na gíria francesa significa um lugar onde as culturas se misturam como num caldeirão, onde não há regras e tudo pode acontecer. De fato, o apartamento lotado logo se torna cenário de confusões cômicas à medida que os estudantes de diferentes culturas experimentam o amor e diferentes maneiras de ver a vida, tentando imaginar como será o futuro.
Xavier se vê envolvido numa teia de mulheres: a namorada francesa Martine, que parece distante mesmo tendo vindo visitá-lo; sua melhor amiga no albergue e instrutora sexual, a belga Isabelle, que gostaria que Xavier fosse mulher; e a reprimida Anne Sophie, por quem Xavier sente um afeto que acaba desembocando num saco proibido.
Mesmo com corações partidos e olhos sendo abertos de formas inesperadas, e mesmo com o tumulto e a confusão reinando no apartamento, surge uma espécie de unidade a partir dos sonhos que seus habitantes têm em comum. Surge também a certeza que nenhum deles será igual depois das experiências que viveram no Albergue Espanhol.