O vilão, dono dessa fábrica, costuma dizer que criança só gosta de porcaria mesmo. Didi, que vive no meio das crianças da vizinhança, tenta convencê-las de que balas artificiais fazem mal. Mas mesmo se comportando como um verdadeiro crianção, seus amiguinhos não escutam, pois ele é adulto. Criança não ouve adulto. Além disso, as propagandas falam diretamente para elas, fazendo os doces tradicionais parecem sem graça. Não só a pequena fábrica está para fechar, como o próprio espírito de Cosme e Damião está morrendo.
Didi, que é devoto dos santos, reza pedindo ajuda. Seu desejo é atendido quando dois sujeitos maltrapilhos pedem auxílio. Eles não têm o que comer ou onde dormir. Vão até a fábrica do vilão e são humilhados. Quando vão à nossa fábrica, Didi os acolhe de braços abertos e os convida a dividir seu pequeno cômodo nos fundos do galpão.
Agradecidos, eles dão para Didi um saquinho de balas de Cosme e Damião. São balas mágicas que têm o poder de transformar Didi em criança. Só assim ele vai poder convencer seus amiguinhos a rejeitar as balas artificiais e resgatar o verdadeiro espírito de Cosme e Damião. Afinal, criança só escuta criança. E assim, de criança em criança, eles formarão uma grande corrente.
Depois que Didi chupa a primeira bala do saquinho mágico, ele se transforma em criança e paixona-se pela menina Sandrinha, filha do vilão, dono da fábrica do concorrente.
Didi vai ajudar uma criança a soltar uma pipa presa no telhado do galpão. Para isso tem que subir por dentro do prédio, em ma escada velha. Ele consegue soltar a pipa, deixando o garoto contente. Mas, quando vai descer, pisa em falso e cai de uma altura de 10 metros.
No hospital, o monitor cardíaco dá seus suspiros finais. A máquina anuncia a morte de Didi. O médico dá a notícia trágica para todos que esperam. Em meio a tristeza geral, os dois andarilhos, despercebidos, entram na UTI e voltam com Didi vivo.
O vilão, dono da fábrica concorrente, tem outros planos. Junto com o químico sem escrúpulos, que inventa balas cada vez mais nocivas à saúde, ele pretende tomar conta da pequena fábrica para demoli-la e expandir negócios. Eles inventam, então, um componente químico que triplica a produção sem muito custo adicional. Só que as balas não são testadas e Sandrinha ingere uma e fica muito doente.
Desesperado, ele chama o médico. Mas o atendimento demora e ele sai de carro para levá-la para o hospital. O carro morre justamente em frente à nossa fábrica e não pega de jeito nenhum. Ele olha para a filha, desfalecida, à beira da morte. Acaba tendo que bater à porta da pequena fábrica, coma a filha nos braços, onde Didi e os dois sujeitos salvam a vida da menina. Agradecido e arrependido por sua ganância, ele resolve parar de fazer balas ruins e se unir à pequena fábrica para só fazer doces e balas tradicionais, sem aditivos ou corantes.
No final, uma grande festa é montada para trazer de volta o verdadeiro espírito de Cosme e Damião. A expectativa é grande, pois não se sabe se as crianças se convenceram. Mas, para surpresa geral, as crianças chegam em bandos, provando que a festa tradicional está mais viva do que nunca. E os maltrapilhos que Didi ajudou revelam ser os verdadeiros santos Cosme e Samião.